Dia Mundial do Refugiado 2016: não deixe que este seja o #ÚltimoDiaDoRefugiado

Eles vêm de zonas de conflito e de lugares onde são perseguidos por seus pensamentos, sua religião, sua orientação sexual, suas opiniões políticas. A possibilidade de fugir nunca antes fora tão ameaçada por decisões políticas que têm, como seu maior objetivo, o propósito de deixá-los o mais longe de vista possível.

O acordo entre União Europeia e Turquia e outros acordos similares ainda em discussão enviam a mensagem de que cuidar de pessoas que foram forçadas a deixar suas casas é opcional e que os países podem se eximir de suas responsabilidades de conceder asilo. Isso está tornando o mundo um lugar cada vez mais perigoso para aqueles que fogem da guerra e da perseguição: se todos os países adotarem a mesma lógica, em breve, poderá não haver mais lugar para onde correr. Homens, mulheres e crianças poderiam ser encurralados em zonas de guerra e em áreas inseguras, incapazes de fugir para buscar segurança e salvar suas vidas.

Ao minar o princípio de asilo, o acordo entre UE e Turquia rasga promessas feitas para proteger as pessoas afetadas pela Segunda Guerra Mundial, como estabelecido na Convenção Relativa ao Estatuto dos Refugiados, em uma época em que a proteção se faz muito necessária. A organização humanitária internacional Médicos Sem Fronteiras (MSF) está oferecendo assistência e cuidados médicos a refugiados pelo mundo e se vê confrontada com a possibilidade real de que estamos testemunhando o fim do Estatuto dos Refugiados. Será que o conceito de “refugiado” deixará de existir? Será este o último Dia Mundial do Refugiado? Diante das guerras e dos conflitos acontecendo em todo o planeta, acreditamos que não deva ser. Essas e milhões de outras pessoas no mundo precisam do nosso apoio e assistência. Não deixe que este seja o #ÚltimoDiaDoRefugiado!

Veja animação de Médicos Sem Fronteiras sobre o Dia Mundial dos Refugiados.

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