Médicos Sem Fronteiras (MSF) é uma organização humanitária internacional que leva cuidados de saúde a pessoas afetadas por graves crises humanitárias. Também é missão de MSF chamar a atenção para as dificuldades enfrentadas pelos pacientes atendidos em seus projetos.
Levamos cuidados de saúde a pessoas em extrema necessidade de ajuda humanitária. Atuamos em contextos de conflitos armados e guerras, epidemias e pandemia, desastres naturais e socioambientais e em situações de refúgio, migração e deslocamentos forçados.
Como organização médica, buscamos sempre oferecer o melhor tratamento disponível aos nossos pacientes. O trabalho de MSF envolve uma grande variedade de atividades, desde a organização de campanhas…
A Campanha de Acesso a Medicamentos Essenciais para melhorar o acesso às tecnologias existentes (medicamentos, métodos de diagnóstico e vacinas) e para estimular o desenvolvimento de novas e acessíveis ferramentas urgentemente necessárias nos países em desenvolvimento em que MSF trabalha.
As principais atualizações sobre as atividades e os projetos de MSF ao redor do mundo.
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Profissionais brasileiros relatam suas experiências em projetos de MSF em diferentes países.
O trabalho de MSF envolve uma grande variedade de atividades, desde a organização de campanhas.
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Médicos Sem Fronteiras (MSF) é uma organização humanitária internacional criada em 1971, na França, por jovens médicos e jornalistas.
Desde então, MSF leva cuidados de saúde a pessoas afetadas por conflitos armados, desastres naturais, epidemias, desnutrição ou sem qualquer acesso à assistência médica.
Além disso, a organização busca chamar a atenção para as dificuldades enfrentadas pelas pessoas atendidas em seus projetos, dando visibilidade a realidades que não podem permanecer negligenciadas.
Em um ataque brutal contra a maternidade de MSF no hospital Dasht-e-Barchi, em Cabul, no dia 12 de maio, 16 mães foram sistematicamente mortas a tiros. Uma obstetriz de MSF, duas crianças de 7 e 8 anos e seis outras pessoas presentes no momento do ataque também foram mortas.
As equipes de MSF estão respondendo à pandemia de COVID-19 em mais de 70 países. Nossa resposta se concentra em três pilares: apoio às autoridades no atendimento a pacientes com COVID-19, proteção das pessoas vulneráveis e grupos de risco, e garantia do funcionamento de serviços médicos essenciais.
O ciclone Idai e fortes inundações causaram danos generalizados em Moçambique, Malaui e Zimbábue, em março de 2019. Equipes de MSF ofereceram assistência médica urgente nos três países.
Em agosto de 2018, a RDC declarou um surto de Ebola, que se tornou o maior da história do país. A epidemia se espalhou por comunidades nas províncias de Kivu do Norte e Ituri. MSF apoiou o Ministério da Saúde com testagem, rastreio de contatos, cuidados médicos e vacinação.
Segundo a Organização Mundial da Saúde, 6.239 pessoas foram feridas por balas do exército israelense durante protestos entre 30 de março e 31 de dezembro ao longo da cerca que separa Gaza de Israel. MSF fez atendimento de emergência e realizou cirurgias, curativos, fisioterapia e controle da dor.
Em agosto, após uma campanha violenta do exército de Mianmar contra a comunidade rohingya, mais de 660 mil pessoas fugiram para o país vizinho Bangladesh. O principal destino de abrigo foi Cox’s Bazar, onde MSF ampliou suas atividades para atender os recém-chegados.
Em abril, um surto de cólera surgiu no Iêmen, cujo sistema de saúde foi gravemente enfraquecido pelo conflito armado no país. MSF reagiu imediatamente ao surto, abrindo pontos de reidratação oral e centros de tratamento da doença.
Em junho, após o acordo firmado entre a União Europeia e a Turquia, MSF decidiu não receber mais recursos financeiros dos países-membros do bloco em protesto contra a vergonhosa política migratória imposta a refugiados e migrantes.
A continuidade dos conflitos na Síria e no Iêmen foi marcada pela banalização dos ataques a civis e instalações e profissionais de saúde. Em maio, esses ataques foram condenados por líderes mundiais, mas continuaram acontecendo no decorrer do ano.
Entre abril e julho, MSF alertou sobre um desastre humanitário em larga escala: milhares de crianças morreram de fome no estado de Borno, na Nigéria. MSF pressionou autoridades e a comunidade internacional para reagirem diante da situação da proliferação da fome, exacerbada pelos deslocamentos causados pela violência da luta contra o Boko Haram.
O bombardeio dos EUA ao centro de trauma de MSF em Kunduz, no Afeganistão, fez o maior número de vítimas em ataques a instalações da organização: 42 pessoas foram mortas, sendo 14 profissionais de MSF.
Médicos Sem Fronteiras tratou mais de 3 mil feridos e distribuiu mais de 80 toneladas de suprimentos para a população das regiões afetadas.
Bombardeios, ataques aéreos e confrontos intensos levaram MSF a tratar mais de 10.500 feridos de guerra em apenas 5 meses.
Início de uma epidemia de Ebola sem precedentes: em seis países, MSF tratou quase 5 mil pacientes no ano, cerca de 25% de todos os casos declarados na África Ocidental.
Tufão atinge as Filipinas causando grande destruição na região central do país. MSF estrutura resposta de emergência, levando ajuda humanitária às ilhas remotas inacessíveis e construiu um hospital semipermanente.
A República Centro-Africana alcança status de emergência humanitária crônica após o golpe de Estado e a violência chega a níveis sem precedentes. MSF mantém sete projetos regulares e seis de emergência, em quase todo o país, além prestar assistência a refugiados nos países vizinhos. É das poucas organizações que levam cuidados a essa população.
Após duas décadas de conflito, os embates na República Democrática do Congo (RDC) atingem novo pico com a tomada da capital, Goma. Milhares de pessoas fogem, deixando vilarejos e campos de refugiados vazios. MSF mantém atendimento de emergência, campanhas de vacinação e programas regulares em todas as províncias do país.
Profissionais de MSF-Brasil, ativos ou não, unem-se para formar uma associação. Cidades na região serrana do Rio de Janeiro foram atingidas por fortes chuvas e psicólogos de MSF treinaram profissionais de saúde mental que trabalharam na região atingida pelas cheias.
Em outubro, MSF respondeu a uma crise humanitária envolvendo imigrantes haitianos na cidade de Tabatinga, no Amazonas, com a distribuição de itens de primeira necessidade e a realização de atividades de promoção de saúde.
MSF concentra esforços no atendimento às pessoas afetadas pelo conflito e atua em três hospitais no norte da Síria transformando casas e uma granja em hospitais. Impedido de acessar outras áreas da Síria, MSF inicia apoio a mais de 50 unidades de saúde espalhadas pelo país.
Depois da independência do Sudão do Sul, em junho, MSF continuou prestando serviços médicos na área reconhecida agora como o mais novo país do mundo. Mais de 300 mil pessoas foram deslocadas pelos conflitos entre 2010 e 2011. A organização também ofereceu cuidados aos mais de 55 mil refugiados sudaneses nos acampamentos espalhados pelo país.
Terremoto devasta o Haiti: MSF, que já estava presente no Haiti, trata mais de 173 mil pacientes e realiza mais de 11 mil cirurgias.
Em junho, fortes enchentes atingiram os estados de Pernambuco e Alagoas e milhares de casas foram completamente destruídas. Equipes de MSF ofereceram apoio psicológico, distribuição de kits, melhoria das condições de água e saneamento, monitoramento e treinamento.
Unidade de Emergência é criada no Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, onde são oferecidos atendimento de emergência, cuidados de saúde mental, transferência em ambulância para hospitais da região e orientações sobre a rede pública de saúde do município. As atividades foram encerradas em novembro de 2009.
MSF amplia sua atuação no Brasil, estabelecendo um escritório no Rio de Janeiro para recrutar sistematicamente profissionais, captar recursos financeiros e promover ações de comunicação.
MSF começa a recrutar profissionais no Brasil para trabalhar em seus projetos no mundo.
Durante pesados conflitos entre forças do governo e tropas rebeldes na capital da Libéria, MSF oferece assistência a milhares de deslocados e transforma casas em hospitais.
MSF inaugura Centro de Atenção Integral à Saúde na comunidade de Marcílio Dias, oferecendo clinica geral, ginecologia, pediatria, saúde mental e serviço social no Complexo da Maré. Em 2005, o centro passou a ser gerido por uma organização local.
MSF recebeu o prêmio Nobel da Paz em 1999. A organização foi selecionada “em reconhecimento ao trabalho humanitário pioneiro em diversos continentes” e para honrar nossos profissionais médicos, que haviam atuado em mais de 80 países, tendo tratado dezenas de milhões de pessoas. Mas somos conhecidos por mais do que nossa atuação médica. Nós também nos manifestamos publicamente em nome das pessoas que tratamos e agimos para expor injustiças que observamos. O prêmio Nobel da Paz nos ofereceu uma plataforma, e nós a utilizamos: em seu discurso de recebimento do prêmio, o Dr. James Orbinski, presidente do conselho internacional de MSF à época, falou diretamente ao então líder russo, Boris Yeltsin, condenando a violência contra civis na Chechênia.
O silêncio pode matarJustificando seu ato, até então sem precedentes, o Dr. James Orbinski disse: “O silêncio tem sido, há tempos, confundido com neutralidade, e apresentado como condição necessária para a atuação humanitária. Desde o começo, MSF se estabeleceu em oposição a essa máxima. Não estamos certos de que as palavras podem sempre salvar vidas, mas sabemos que o silêncio pode, certamente, matar.”
Campanha de Acesso e Doenças NegligenciadasO valor recebido com o prêmio foi utilizado na estruturação do Fundo para Doenças Negligenciadas, para prestar suporte a projetos-piloto voltados para o desenvolvimento clínico, produção, aquisição e distribuição de tratamentos para doenças negligenciadas como a doença de Chagas, a doença do sono e a malária. No mesmo ano, MSF lançou a Campanha de Acesso a Medicamentos Essenciais.
Confira o discurso do Dr. James Orbinski na íntegra clicando aqui: http://www.nobelprize.org/nobel_prizes/peace/laureates/1999/msf-lecture.html
Programa de prevenção de doenças sexualmente transmissíveis (DST) e Aids é inaugurado no Rio de Janeiro. Desenvolvido em comunidades da Zona Norte, ação consiste na distribuição de preservativos e na elaboração de oficinas temáticas.
MSF testemunha o fim da “zona protegida” das Nações Unidas e denuncia o massacre de oito mil bósnios, a deportação em massa e os abusos cometidos pelas tropas sérvias contra outros milhares.
Posto montado por MSF oferece atendimento de clínica geral, ginecologia e obstetrícia e pediatria, serviços de odontologia, psicologia, serviço social, consultas e procedimentos de enfermagem. Em 1998, o projeto foi repassado para uma organização gerida por moradores locais capacitados por MSF.
MSF já estava presente em Ruanda quando cerca de 800 mil ruandeses da etnia tutsi foram assassinados por milicianos hutus. A organização toma a decisão sem precedentes de pedir intervenção armada internacional no país com uma justificativa simples: “médicos não podem parar um genocídio”.
Chegada de MSF ao Rio de Janeiro. Início de trabalho com crianças em situação de rua.
Primeira ação no Brasil para conter epidemia de cólera na Amazônia. Depois de 10 anos, MSF finalizou atuação na região, uma vez que os povos indígenas atendidos passaram a ter acesso a cuidados básicos de saúde com a criação dos Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI).
MSF leva ajuda às vítimas do terremoto na Arménia.
Guerra civil no Sri Lanka. MSF organiza clínicas móveis e hospitais para tratar dos feridos e traumatizados na luta entre o governo e os Tigres Tamil, grupo separatista ligado à etnia tâmil.
Grande fome na Etiópia. MSF estrutura um grande projeto de resposta à desnutrição severa e denuncia o desvio da ajuda humanitária por parte do governo, o que provocou sua expulsão do país.
Após ocupação do Afeganistão pela União Soviética, MSF fornece proteção e estrutura para as vítimas da guerra.
Fuga de cambojanos do Khmer Vermelho. MSF estabelece o primeiro programa médico de grande escala durante a crise de refugiados
Fundação de Médicos Sem Fronteiras, por médicos e jornalistas, em 1971.