A subnutrição infantil foi o foco das atividades de Médicos Sem Fronteiras em Angola, um país que tem sido atingido pela seca, resultando em colheitas devastadas nos últimos anos.

Na sequência dos alertas das agências da ONU sobre o grande impacto destas condições na saúde infantil, enviamos equipes para a província de Benguela, no Oeste, em 2021; e para a província da Huíla, no Sul, em 2022. 

Embora as nossas avaliações não tenham revelado níveis alarmantes de subnutrição, elas mostraram níveis elevados de malária. Também testemunhamos os muitos desafios que as pessoas em comunidades remotas enfrentam no acesso aos cuidados de saúde. 

Em resposta, continuamos o nosso trabalho em Benguela em 2023, trabalhando em estreita colaboração com as autoridades de saúde locais e as comunidades para reduzir a mortalidade infantil e fortalecer o sistema de saúde existente, especialmente os serviços pediátricos. Melhoramos a detecção precoce da subnutrição em crianças na comunidade, aumentamos o acesso a unidades de saúde organizando encaminhamentos e fornecemos tratamento e equipamentos médicos necessários. 

Além de apoiar a unidade de tratamento intensivo de desnutrição do Hospital de São Pedro e cinco ambulatórios de tratamento de subnutrição, realizamos atividades de promoção da saúde nas comunidades do Lobito e Catumbela, dirigidas a crianças menores de cinco anos para triagem, e seus pais para educação em saúde. 

Neste meio tempo, na província da Huíla, entre fevereiro e junho, as nossas equipes apoiaram as autoridades de saúde locais na melhoria dos cuidados de desnutrição e malária para crianças menores de 15 anos nos municípios de Cuvango e Chipindo. 

Fornecemos apoio técnico a 17 unidades de saúde gerais e especializadas, treinamos equipes médicas e estabelecemos uma rede de agentes comunitários de saúde para rastrear e detectar desnutrição e malária. Também melhoramos o acesso aos cuidados de saúde ao estabelecer um sistema de encaminhamento e clínicas médicas móveis em áreas remotas. Adicionalmente, modernizamos as unidades de saúde realizando obras de reabilitação e melhorando os serviços de água, saneamento e energia. 

Em julho, as nossas equipes concluíram os trabalhos na província da Huíla e entregaram o programa ao Ministério da Saúde, juntamente com suprimento médico e logístico. 

 

Dados referentes a 2023

2.750

Crianças admitidas em programas de alimentação ambulatorial

4,5 milhões de euros

Despesas

880

Crianças internadas em programas de alimentação hospitalar

25.300

Casos de malária tratados

124 (posições equivalentes a período integral)

Equivalente em tempo integral

20.700

Consultas ambulatoriais

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