Em 2023, Médicos sem Fronteiras (MSF) abriu um novo projeto em Eswatini para lidar com problemas de saúde sexual por meio de práticas inovadoras e engajamento comunitário. 

MSF presta serviços de saúde na região de Shiselweni desde 2007, com foco em HIV, tuberculose resistente a medicamentos (TB-DR) e durante a pandemia COVID-19. Depois de descentralizar com sucesso os cuidados de HIV e TB-DR, aproximando o tratamento das casas das pessoas e reduzindo a incidência do HIV, todas estas atividades foram entregues ao Ministério da Saúde e aos parceiros locais, e o projeto foi encerrado em 2023. 

Doenças sexualmente transmissíveis, como HIV, infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) e câncer do colo do útero, bem como complicações de abortos inseguros, continuam sendo um grande problema de saúde em Eswatini. Um estudo sobre ISTs conduzido por MSF em Shiselweni revelou que um terço dos pacientes que frequentam clínicas ambulatoriais em seis unidades gerais de saúde tinham pelo menos uma IST.  

Com base nessa pesquisa e em uma avaliação detalhada, abrimos um novo projeto de saúde sexual na região de Manzini no último trimestre de 2023. O projeto fornecerá serviços abrangentes de saúde sexual, incluindo testes e tratamento de IST; testes e prevenção de HIV; triagem, prevenção e tratamento para hepatite B e C e câncer do colo do útero; e planejamento familiar, em uma clínica dedicada de MSF na Área Industrial de Matsapha e nas comunidades. 

O projeto introduz uma série de práticas para o país, incluindo diagnóstico e tratamento laboratorial para ISTs; triagem molecular para câncer do colo do útero; profilaxia injetável para pré-exposição HIV; triagem e tratamento para hepatite B e C, bem como vacinação contra hepatite B; e aconselhamento on-line e autoteste para HIV. 

O projeto implementa a abordagem de MSF ‘parceria paciente-comunidade’, trabalhando em estreita colaboração com as comunidades. 

Dados referentes a 2023

1.230

consultas ambulatoriais

88

Equivalente em tempo integral

400

consultas para atendimentos contraceptivos

3,3 milhões de euros

Despesas

510

pessoas recebendo tratamento antirretroviral para HIV

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