Dúvidas sobre MSF

Foto: Nduati Mambo

As dúvidas mais comuns sobre MSF estão respondidas no FAQ abaixo. Se você não encontrou a informação que procura, envie uma mensagem com sua dúvida.

Como vocês fazem para garantir a segurança dos profissionais em locais de conflito?

MSF avalia constantemente a situação de segurança de cada país e define regras rigorosas que devem ser respeitadas por todos, minimizando, assim, a exposição ao risco. Temos, também, a preocupação de divulgar, em todos os contextos onde estamos, que nosso trabalho é neutro, imparcial e independente e que, portanto, não favorecemos politicamente, por exemplo, determinado grupo social, nem transmitimos valores religiosos.

Alguns exemplos de regras de segurança são: o toque de recolher a partir de um determinado horário; a obrigação de sempre andar com um rádio-comunicador ou celular ligado; informar sobre seus movimentos; não circular em zonas do país ou cidade previamente classificadas como inseguras; sempre andar acompanhado de um profissional local; sempre andar com uma identificação da organização (carros, casas e hospitais com bandeiras com nosso logotipo, camisetas, etc.); e ter um plano de evacuação, caso seja necessário.

A segurança também é responsabilidade do profissional, que deverá seguir todas as regras estabelecidas para o projeto em que está trabalhando.

Quem paga os custos referentes ao recrutamento, se houver?

Os custos com o recrutamento – passagem, acomodação e alimentação – são pagos pelo candidato.

Por que MSF não tem projeto no Brasil?

Médicos Sem Fronteiras é uma organização médico-humanitária que trabalha em situações de emergência provocadas por desastres naturais, conflitos, epidemias, desnutrição ou exclusão do acesso à saúde. Atuamos em contextos nos quais situações adversas afetam a vida e a saúde das pessoas e não há uma presença do Estado ou de outras organizações locais capazes de atender a essas necessidades. MSF já realizou projetos no Brasil de 1991 a 2009, em comunidades nas quais a violência fazia dos moradores reféns e impedia seu acesso à saúde. Ao longo dos anos, repassamos alguns de nossos projetos e a situação mudou. Hoje, respondemos a emergências pontuais, nas quais as necessidades médicas da população ultrapassam a capacidade do Estado de responder a elas. Além disso, temos um escritório no Brasil dedicado à captação de recursos, seleção de profissionais para trabalhar nos projetos de MSF pelo mundo, sensibilização do público sobre crises humanitárias e representação institucional junto a entidades brasileiras.

 

Nos últimos anos, houve enchentes em diferentes áreas do país na qual MSF não trabalhou. Por quê?

Antes de iniciar uma resposta de emergência, MSF realiza uma avaliação das necessidades de saúde da população e da capacidade de resposta do Estado e de outras organizações à situação. MSF só atua onde o Estado e organizações locais ou nacionais não conseguem responder, por falta de capacidade ou dificuldade de acesso. Quando já existe uma mobilização capaz de atender às necessidades de saúde da população, ou quando as necessidades maiores não são na área da saúde, o papel de MSF é limitado e, por isso, a organização não intervém.

Nós fizemos visitas para avaliar a situação durante as enchentes em Santa Catarina (2008) e no Maranhão (2009), na ocasião do deslizamento do Morro do Bumba, em Niterói (2010), e em meio à cheia do Rio Madeira, em Rondônia (2014), mas percebemos uma resposta eficaz por parte das autoridades locais e uma imensa mobilização da população. Ainda assim, a organização ministrou um treinamento médico para compartilhar sua experiência no tratamento da cólera e organizou um documento com medidas que poderiam ser adotadas localmente para conter um possível surto.

MSF já teve projetos no Brasil?

O enorme impacto da pandemia de COVID-19 no Brasil motivou o lançamento da maior operação de Médicos Sem Fronteiras (MSF) até hoje no país.

O Brasil, um país diversificado e populoso com acesso muito desigual à saúde em seu vasto território, foi o segundo mais afetado pela COVID-19 no mundo em 2020, em números absolutos de mortes. Até o final do ano, quase 200 mil pessoas haviam morrido pela doença. Centenas de profissionais de MSF, a maioria brasileiros, responderam à crise.

MSF chegou ao Brasil pela primeira vez há 30 anos, para responder a um surto de cólera na região amazônica. Desde então, apoiamos comunidades indígenas, migrantes, moradores de favelas e vítimas de catástrofes socioambientais em todo o país.

Clique aqui para saber mais sobre nossos projetos no Brasil

Como vocês escolhem os países onde trabalham?

A decisão sobre os locais onde realizamos projetos é sempre pautada pelas necessidades de saúde da população, e não por opiniões políticas, ideológicas ou religiosas, ou ditada por interesses econômicos. Para decidir pela abertura de um projeto, profissionais experientes da organização realizam uma avaliação in loco, por meio da qual analisam as condições de saúde da população; as instituições/organizações presentes; o possível papel de MSF no local, entre outros fatores. É feito um planejamento e, então, o projeto é iniciado. Procedemos de maneira semelhante para definir o fechamento dos nossos projetos.

MSF oferece treinamento médico ou outros?

Em algumas situações, a capacitação de profissionais locais é parte das atividades necessárias para atingir os objetivos do projeto. Normalmente, esse treinamento é oferecido a equipes que já trabalham com a organização. Em situações excepcionais, realizamos treinamentos em nossas áreas de expertise para os quais são convidados profissionais de ministérios da saúde ou de outras instituições, como a capacitação para a oferta de cuidados de saúde mental a vitimas de desastres naturais, realizado, por exemplo, por ocasião das enchentes na Região Serrana do Rio de Janeiro, em 2011.

Quais são os projetos de saúde, em linhas gerais, que vocês desenvolvem?

Trabalhamos prioritariamente com situações de emergência, mas oferecemos também serviços de saúde nas áreas da saúde básica, saúde da mulher e da criança, saúde de populações em deslocamento, doenças negligenciadas, saúde mental e cirurgias. Os projetos são sempre definidos de acordo com as necessidades da população e a existência ou não de organizações locais, governamentais ou não, capazes de suprir tais necessidades.

Isso pode significar, em termos práticos: um hospital geral; um centro de nutrição infantil; uma clínica para vítimas de violência sexual; uma clínica voltada para uma doença específica (HIV/Aids, doença do sono, cólera, etc.); atendimento móvel; e campanhas de vacinação, entre outros projetos.

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