A viagem a pé e de barco de Juliette após os ciclones em Madagascar

Sua casa foi devastada pelos dois ciclones que atingiram a costa leste do país em fevereiro

iAko M. Randrianarivelo/Mira Photo

Entre os dias 5 e 22 de fevereiro, os ciclones Batsirai e Emnati atingiram a costa leste de Madagascar, causando grandes danos e destruindo inúmeras instalações de saúde. Mais de 300 mil pessoas foram afetadas. Nossas equipes de emergência tiveram problemas para chegar a áreas rurais isoladas onde as pessoas têm acesso muito limitado a cuidados de saúde e outros serviços essenciais.

Devido às inundações e à infraestrutura destruídas, tivemos que superar muitos desafios logísticos para levar assistência às pessoas que vivem em áreas rurais isoladas.

Este é o caso de Juliette, uma mulher grávida que veio ao nosso centro de saúde de Ambodrian i’Sahafary, um vilarejo acessível apenas por barco onde implementamos uma clínica móvel.

Foto: iAko M. Randrianarivelo/Mira Photo

Juliette, de 23 anos, está grávida e é mãe de dois filhos, de 5 e 2 anos. Ela é agricultora de arroz, café e pimenta.

 

Foto: iAko M. Randrianarivelo/Mira Photo

Juliette vive no bairro de Fokontany, a uma hora de caminhada do centro de saúde Ambodirian’i Sahafary, onde foi para uma consulta médica.

 

Foto: iAko M. Randrianarivelo/Mira Photo

Sua casa e as de seus vizinhos foram devastadas pelo ciclone Batsirai. Suas plantações de arroz, café e pimenta também foram destruídas. Normalmente, o arroz seria colhido em abril.

 

– Foto: iAko M. Randrianarivelo/Mira Photo

“Durante o ciclone, nos abrigamos em uma casa menor, já que as maiores foram levadas pelo vento. O vento soprava forte e não podíamos antecipar as consequências reforçando as casas, nem armazenando alimentos”, explica.

 

Foto: iAko M. Randrianarivelo/Mira Photo

“Sem dinheiro, não podemos fazer nada. Se a saúde não fosse gratuita, não iríamos ao médico. Você mesmo tem que ser sua própria médica”.

 

Foto: iAko M. Randrianarivelo/Mira Photo

Estamos reabilitando as estruturas de saúde danificadas pelos ciclones em Nosy Varika e em vilarejos vizinhos, bem como a apoiando as atividades médicas nesta região que já tinha pouco acesso a cuidados médicos. Nesta imagem, Juliette posa com seus dois filhos em frente à sua casa, que foi destruída pelos ciclones.

 

Juliette sentada com seus filhos em sua casa secundária que resistiu ao ciclone.
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