“Acesso à Zona de Perigo”: MSF exibe filme com casa cheia no Rio de Janeiro

Mais de 200 pessoas assistiram ao documentário e acompanharam um debate com profissionais da organização

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Para sensibilizar o público carioca acerca das crises humanitárias ao redor do mundo e da dificuldade de levar ajuda a contextos em meio a conflitos armados, a organização humanitária internacional Médicos Sem Fronteiras (MSF) exibiu o filme “Acesso à Zona de Perigo” na noite de ontem (19/05) no cinema Maison de France, no centro da cidade do Rio de Janeiro. Mais de 200 pessoas assistiram ao documentário e acompanharam um debate com a diretora de comunicação de MSF-Brasil, Alessandra Vilas Boas, e a diretora da Unidade Médica Brasileira (BRAMU) de MSF, Maria Rodrigues Rado.

Dirigido por Peter Casaer e Eddie Gregoor, “Acesso à Zona de Perigo” é narrado pelo ator Daniel Day-Lewis e começa com imagens gravadas momentos após o sequestro de duas profissionais de MSF no Quênia. As cenas iniciais mostram o momento em que parte da equipe foi obrigada a abandonar o local por questões de segurança. O filme segue retratando as dificuldades encontradas para levar ajuda à Somália, República Democrática do Congo e Afeganistão.

Após a apresentação da obra, o debate seguiu pautando os riscos da atuação humanitária em meio a contextos de extrema insegurança. Alessandra Vilas Boas explicou sobre a importância dos princípios de neutralidade, imparcialidade e independência de MSF. “Nossa neutralidade significa que nós não tomamos partido em situações de conflito. A nossa razão para estarmos em tal lugar é atender às necessidades das vítimas daqueles conflitos sendo imparciais. E isso é possível devido à nossa independência, pois 90% dos recursos vêm de doações privadas, portanto, não temos ninguém nos ditando quando e onde devemos atuar”, disse.

Ao responder à pergunta feita por um dos convidados acerca da necessidade de novos profissionais para atuarem com MSF, Maria Rado foi enfática: “Assim como alguns membros estão entrando, outros estão saindo, e as crises continuam latentes. Não importa o tempo ou a localidade, sempre surgem novas necessidades. Estamos em cerca de 70 países! Então, também é papel de MSF flexibilizar e adaptar sua resposta de acordo com o desenvolvimento dos contextos, incorporando mais pessoas às equipes”.

Por fim, ao ser questionada se faria tudo novamente caso pudesse voltar no tempo, a diretora da BRAMU, que trabalha em MSF desde 2004 e já atuou em mais de 10 países, respondeu, sem pensar duas vezes, que sim. “Eu adoro a minha profissão. Foi isso o que eu escolhi para a minha vida. Não tenho dúvidas que meu lugar é em Médicos Sem Fronteiras”, concluiu Maria Rado.

A publicitária Andressa Dutra, uma das convidadas, contou que ficou muito emocionada com o filme e parabenizou toda a organização do evento: “O filme me aproximou bastante do trabalho feito por MSF. Assistir a como tudo acontece nos projetos e as dificuldades enfrentadas ajuda a entender a importância e o engajamento da equipe. E o debate foi a cereja do bolo. A Maria Rado conseguiu passar toda emoção e profissionalismo dedicados a MSF, e a Alessandra Vilas Boas esclareceu de forma dinâmica e clara todas as questões”.

 

Acompanhe a agenda de eventos de Médicos Sem Fronteiras pelo site e pelo Facebook para saber quando e onde será o próximo lançamento do filme “Acesso à Zona de Perigo”.

 

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