Bloqueio na Faixa de Gaza agrava situação sanitária na região

Médicos Sem Fronteira está preocupado com a falta de medicamentos, problemas com os serviços do hospital e acesso limitado ao atendimento

O bloqueio da Faixa de Gaza nos últimos dias restringiu gravemente o suprimento das atividades de Médicos Sem Fronteiras (MSF) na região. Equipes de MSF continuam a realizar seu trabalho no local, mas estão preocupadas com a falta de medicamentos, problemas com os serviços do hospital e acesso limitado ao atendimento médico.

Depois do lançamento de foguetes palestinos contra Israel e das represálias israelenses subseqüentes (incursões militares e bombardeios áereos), a Faixa de Gaza foi submetida a um rigoroso bloqueio. No dia 18 de janeiro, todos os postos de controle de Gaza foram fechados para a entrada de combustível e alimentos. Desde então, foram parcialmente reabertos, mas apenas para quantidades limitadas de combustíveis e alguns suprimentos médicos essenciais.

Mantendo nossas atividades humanitárias

MSF continua a ofercer assistência médico-social e psicológica e tratamento pós-operatório. Um projeto pediátrico está programado para ser aberto no norte de Gaza em fevereiro.

As equipes médicas de MSF em Gaza têm mantido contato com os hospitais e registraram uma grave falta de suprimentos farmacêuticos. Eles também observaram que as cirurgias programadas não podem mais ser realizadas e que os centros de saúde primária tiveram de limitar suas atividades. Materiais de emergência (vestimentas, medicamentos e material médico) serão fornecidos às unidades médicas, caso haja necessidade.

“Devido aos cortes de energia e estoques limitados de combustível, os hospitais tornaram-se incrivelmente dependentes dos geradores elétricos", contou Duncan, chefe de missão de MSF. "Todo sistema de atendimento médico foi afetado e serviços vitais – como as salas de operação, emergência e unidades de tratamento intensivo – foram particularmente afetados". Nossas clínicas estão preparadas para lidar com um fluxo grande de pacientes, apesar de sabermos que esse número representa apenas uma pequena porcentagem das necessidades gerais".

O bloqueio atual está agravando uma situação que já é grave, particularmente no setor de saúde. MSF está muito preocupada com o impacto do bloqueio nos hospitais.

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