Declarada epidemia de Ebola na Guiné

MSF lança resposta de emergência para combater a doença

Um surto da febre hemorrágica Ebola no sul da Guiné levou a organização humanitária internacional Médicos Sem Fronteiras (MSF) a lançar uma resposta de emergência. Vinte e quatro médicos, enfermeiros, logísticos e especialistas em higiene e saneamento já estão no país, e mais profissionais vão reforçar a equipe nos próximos dias.

MSF estruturou uma unidade de isolamento para casos suspeitos em Guéckédou, em parceria com o Ministério da Saúde, e está, atualmente, fazendo o mesmo na cidade de Macenta, também na região de Nzérékoré, no sul do país. “Unidades de isolamento são essenciais para conter a proliferação da doença, que é altamente contagiosa”, afirma a Dra. Esther Sterk, referente de medicina tropical de MSF. “Profissionais especializados estão levando cuidados a pacientes que apresentam sinais da infecção.”

Com a ajuda da comunidade local, a equipe de emergência de MSF também está concentrando esforços na busca ativa por pessoas que possam ter sido infectadas por meio do contato com pacientes já identificados com Ebola.

MSF está enviando 33 toneladas de suprimentos para a Guiné em dois aviões partindo da Bélgica e da França contendo medicamentos, equipamento médico e suprimentos necessários para o isolamento de pacientes, para colocar as medidas de saneamento em prática e proteger as equipes.

Até o momento, 49 casos suspeitos foram registrados pelo Ministério da Saúde. Seis casos foram confirmados e 29 pessoas morreram. A febre hemorrágica Ebola é rara e muito grave, e se espalha rapidamente por meio do contato direto com pessoas ou animais infectados. A infecção pode ser transmitida pelo sangue e por fluidos corpóreos e, geralmente, é fatal.  

MSF atua na Guiné desde 2001, administrando projetos de tratamento de HIV/Aids em Conacri e malária em Guéckédou, bem como respondendo a emergências que, nos últimos anos, envolveram epidemias de cólera e meningite.

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