Doenças Tropicais Negligenciadas: 10 coisas que você precisa saber

Saiba o que são as DTNs e o panorama sobre os principais avanços e desafios para o combate dessas doenças

Dr. Kefas e Dr. Dave examinam uma paciente pediátrica com noma que passou por uma cirurgia reconstrutiva. Outubro de 2023, Nigéria. © Alexandre Marcou/MSF

Mais de 1 bilhão de pessoas são afetadas por Doenças Tropicais Negligenciadas (DTNs) no mundo. As DTNs atingem principalmente pessoas que vivem em situação de pobreza, em áreas tropicais. São chamadas de negligenciadas porque há pouco investimento em pesquisa e desenvolvimento de medicamentos.

Muitas dessas doenças são extremamente dolorosas e, com frequência, mortais. Algumas causam cicatrizes duradouras, e as pessoas precisam enfrentar ainda o estigma causado pelas marcas físicas. No entanto, elas podem ser tratadas e prevenidas.

O Dia Mundial das Doenças Tropicais Negligenciadas foi criado para chamar a atenção para essa questão de saúde pública e lembrar aos líderes globais, às empresas farmacêuticas e a filantropos – todos com poder de apoio – que há muito mais a ser feito.

Neste Dia Mundial das Doenças Tropicais Negligenciadas, compartilhamos um balanço do progresso alcançado para prevenir, controlar, eliminar e erradicar as DTNs. Destacamos também os enormes desafios ainda persistentes.

A seguir, confira um panorama da situação atual: cinco conquistas e cinco dos maiores obstáculos na luta contra as DTNs.

1. Noma, doença mortal que afeta principalmente crianças, é adicionada à lista de DTNs

O fato de as causas do noma permanecerem desconhecidas indica o quanto a doença é negligenciada. Em 2023, ela foi finalmente adicionada à lista oficial de DTNs da Organização Mundial da Saúde (OMS), o que trouxe maior visibilidade para a doença.

O número exato de pessoas afetadas pelo noma é difícil de ser mensurado devido às pesquisas limitadas, às dificuldades para alcançar as pessoas infectadas e ao fato de que muitas não são diagnosticadas devido ao estigma. Segundo as estimativas disponíveis – que têm mais de 25 anos – 140 mil novos casos ocorrem a cada ano e 770 mil pessoas vivem com os efeitos duradouros da doença.

A palavra noma vem da palavra grega “devorar”, porque é isso que a doença faz com a pele. O processo começa na boca, onde úlceras se desenvolvem rapidamente e se tornam gangrenadas, corroendo o tecido. A condição pode ser facilmente tratada com antibióticos, se for detectada precocemente, mas quando a gangrena se instala, é fatal para 90% das crianças.

Sobreviventes do noma ficam com graves cicatrizes faciais e, muitas vezes, com deficiências físicas, como dificuldades para falar e comer, devido às sequelas que a doença causa dentro da boca.

• Leia também: Noma, uma doença que não deveria mais existir: conheça três histórias de sobrevivência

A campanha para acrescentar o noma à lista de Doenças Tropicais Negligenciadas da OMS foi liderada pela Nigéria e apoiada por Médicos Sem Fronteiras (MSF), entre outras instituições.
Há mais de uma década, apoiamos o Ministério da Saúde da Nigéria com um hospital para o tratamento de noma em Sokoto, fornecendo cirurgia reconstrutiva, serviços de saúde mental e levando cuidados de saúde para comunidades remotas.

Agora que essa doença mortal foi adicionada à lista de DTNs, espera-se que haja mais investimentos em pesquisa, prevenção e tratamento da doença.

Durante duas semanas, entre outubro e novembro de 2023, 32 cirurgias reconstrutivas foram realizadas por uma equipe de cirurgiões, anestesistas e enfermeiros, em Sokoto. Nígéria. © Alexandre Marcou/MSF

2. Um novo financiador se junta à luta contra as DTNs após saída do Reino Unido

Historicamente um dos maiores financiadores no combate às DTNs, e da leishmaniose visceral em particular, em 2021, o Reino Unido interrompeu o financiamento que fornecia, deixando um enorme vazio na luta contra essas doenças.

O papel crucial que esse apoio financeiro desempenhava na compra de medicamentos para o tratamento da leishmaniose visceral – também conhecida como calazar – na África Oriental acabou quase que repentinamente.

O parasita que causa o calazar é transmitido por insetos flebotomíneos. Ele ataca e destrói progressivamente o tecido que é vital para a função imunológica e, sem tratamento, pode se tornar fatal rapidamente.

Os leves sintomas iniciais evoluem para uma febre prolongada, aumento do baço, anemia e perda substancial de peso. O tratamento para a cura consiste em uma combinação de dois medicamentos injetados diariamente durante 17 dias.

Com os cortes de financiamento do Reino Unido, o acesso a esse tratamento ficou em risco. No entanto, por meio de um intenso trabalho de advocacy realizado por MSF e outras organizações, um novo financiador – o END Fund – foi encontrado.

Mesmo assim, o acesso ao diagnóstico e ao tratamento imediato continuam sendo grandes desafios para muitos pacientes com leishmaniose visceral em todo o mundo, principalmente no leste da África.

As recentes mudanças políticas globais, bem como muitas emergências simultâneas, estão ameaçando o financiamento. Mais do que nunca, é necessário um apoio sustentável de longo prazo para garantir progressos na prevenção, na cura e, por fim, na eliminação da leishmaniose visceral e de outras DTNs.

Mercy Oluya, gerente de laboratório de MSF, realiza um teste de diagnóstico para o calazar no laboratório de MSF em Abdurafi. Maio de 2028, Etiópia. © Gabriele François Casini/MSF

3. MSF planeja iniciar esforços para o combate à esquistossomose genital feminina

O estado de Jonglei, no Sudão do Sul, onde MSF administra um hospital na cidade remota de Old Fangak, tem a maior incidência registrada de esquistossomose no país, e suspeita-se muitas meninas e mulheres sofrem de uma forma avançada da doença, conhecida como esquistossomose genital feminina.

No momento, estamos buscando maneiras de identificar e lidar melhor com as consequências da doença em contextos humanitários, não apenas no Sudão do Sul, mas também em outros projetos de MSF em países onde o parasita também está presente.

A doença é causada por um parasita presente em caracóis que vivem em lagos e rios de água doce. As pessoas são infectadas pelo contato com água.

Embora a esquistossomose seja uma das cinco doenças que recebem a maior parte do financiamento disponível para as DTNs – as outras são elefantíase, tracoma, oncocercose e vermes intestinais – as abordagens existentes para combatê-la são, em grande parte, preventivas.
Isso significa que meninas e mulheres que já estão sofrendo com os efeitos da forma avançada da doença – como infecções graves que precisam de tratamento – são esquecidas.

Pacientes com esquistossomose genital feminina têm uma alta carga parasitária no sistema reprodutivo e urinário, causando inflamação debilitante e, às vezes, até mesmo a progressão para cânceres fatais.

Trata-se de uma forma altamente negligenciada de uma doença já negligenciada, e o foco de MSF será garantir que mulheres e meninas sejam diagnosticadas com precisão e recebam o melhor tratamento possível.

Barco de MSF em Toch, no estado de Jonglei. Dezembro de 2023, Sudão do Sul. © Gale Julius Dada/MSF

4. Projeto para melhorar o acesso à vacina contra a raiva é lançado pela Gavi

Com exceção da dengue e da chikungunya, a raiva é a única Doença Tropical Negligenciada que pode ser prevenida por vacina. Entretanto, em muitos dos 150 países onde ela ainda é uma grande ameaça à vida humana, os estoques são extremamente limitados e o custo da vacina é alto.

A raiva é transmitida aos seres humanos por meio de mordidas de mamíferos infectados, mais comumente cães. Se o atendimento médico após a mordida for realizado rapidamente, ela pode ser evitada. Entretanto, se a vacinação pós-exposição não for recebida a tempo, o paciente será infectado pelo vírus.

Quando os sintomas clínicos se desenvolvem, já é tarde demais – a doença é 100% fatal, pois não há cura.

Em países com fácil acesso a vacinas, os cães são imunizados para manter a doença sob controle.
A Gavi (Vaccine Alliance ou a “Aliança das Vacinas”, em português) usa fundos de doadores para pagar vacinas em países de baixa renda. Embora a iniciativa não tenha nenhuma imunização para cães, os países podem incluir a vacina da raiva na lista de imunizantes que solicitam à Gavi, para aplicar em pessoas que forem mordidas.

Isso significa que os Ministérios da Saúde finalmente poderão estocar o imunizante em clínicas e hospitais para vacinar rapidamente qualquer pessoa mordida por cães, sem custo para os pacientes.

5. Doença do sono é eliminada em muitos países

Nos últimos 25 anos, houve uma redução de 97% no número de pessoas que sofrem da doença do sono, o que levou à sua eliminação como um problema de saúde pública na Guiné Equatorial, Costa do Marfim, Benin, Togo, Uganda, Chade e, mais recentemente, na Guiné.

Essa conquista é uma prova do que pode acontecer quando há vontade política, financiamento e também quando as empresas farmacêuticas decidem investir no combate às DTNs, desenvolvendo tratamentos mais seguros e eficazes.

Entretanto, 1,5 milhão de pessoas ainda estão em risco.

A doença do sono é causada por parasitas transmitidos por picadas de moscas tsé-tsé e, em uma das formas da doença, ela pode passar para o estágio agudo – quando os parasitas atacam o cérebro e a medula espinhal – em questão de semanas. Isso causa distúrbios do sono, convulsões, confusão e, por fim, coma. Sem tratamento, a doença é fatal.

Por muitas décadas, o único tratamento disponível era um derivado de arsênico que matava um em cada 20 pacientes. Na década de 1970, um novo medicamento revolucionou as chances de sobrevivência.

Entretanto, na década de 1990, o fabricante Sanofi-Aventis demonstrou interesse em interromper a produção, o que teria sido um grande retrocesso. Felizmente, a pressão da OMS e de MSF persuadiu a empresa farmacêutica a priorizar a doença do sono, doar o medicamento e desenvolver novos tratamentos, melhores e mais receptivos aos pacientes, em colaboração com o DNDi – a iniciativa Medicamentos para Doenças Negligenciadas.

Essa colaboração e o investimento contínuo levaram a mais avanços na Medicina. Agora, um tratamento oral simples e seguro está disponível.

Mechac Mabondane Abetsendra, de 2 anos de idade, foi diagnosticado com a doença do sono pela equipe de MSF e foi encaminhado para tratamento no hospital de Zobia, a 55 km do vilarejo de Doromo, onde o menino vive com sua família. Setembro de 2014, República Democrática do Congo. © Marizilda Cruppe

6. Conflitos armados colocam em risco grande parte do progresso na luta contra as DTNs

Quando uma guerra se inicia, as Doenças Tropicais Negligenciadas tornam-se ainda mais negligenciadas. Os sistemas de saúde, já fragilizados, entram em colapso, o monitoramento é interrompido e até mesmo as doenças que já foram controladas podem ressurgir. Portanto, o monitoramento é essencial.

Em Darfur do Norte, no Sudão, estamos em alerta máximo. Embora ainda não tenha havido casos confirmados em nossos projetos de resposta a emergências no local, outras regiões do Sudão são pontos críticos da doença.

Sabemos, com base em nosso longo histórico de atuação no país, que as condições de deslocamento e desnutrição são propícias a um surto explosivo de leishmaniose visceral. Portanto, estamos preparando nossas equipes para o pior cenário.

Quando muitas pessoas sem exposição prévia à doença e, portanto, sem imunidade, são deslocadas para áreas onde a leishmaniose visceral é endêmica, essa população pode estar em grande risco.

Além disso, quando os pacientes com a doença precisam fugir e acabam em áreas onde a doença não está presente, eles podem transmiti-la às pessoas que vivem na região. Esse é o nosso temor para as pessoas em Darfur do Norte e em muitas outras partes do Sudão, onde estão ocorrendo deslocamentos em massa e a destruição dos serviços de saúde.

As restrições de acesso têm sido uma marca registrada do conflito no Sudão, com caminhões de suprimentos e medicamentos sendo retidos por meses. Por isso, estamos pré-posicionando estoques.

O diagnóstico da doença é complexo: as equipes médicas precisam de ferramentas para diagnosticar os casos precocemente, e os testes rápidos só serão positivos em alguns casos. Em outros, é necessário que a equipe especializada colete amostras de tecidos de órgãos internos.
Também é preciso que os hospitais tenham laboratórios em funcionamento para realizar testes em amostras de sangue e tecidos – em Darfur do Norte, todos são escassos.

Além disso, as equipes de saúde estão menos familiarizadas com a doença porque, historicamente, Darfur do Norte não tem sido uma área de grande incidência, em comparação com outras partes do Sudão, como o estado de Gedaref, onde a maioria dos casos tende a ocorrer.

Com esse pano de fundo como contexto, enviamos testes rápidos e medicamentos para Darfur do Norte e realizamos treinamento para as equipes para que, caso ocorra um surto, possamos apoiar o Ministério da Saúde local e responder rapidamente.

Hospital Saudita, em El Fasher, Darfur do Norte, destruído após ataques em meio à guerra no país. Dezembro de 2024, Sudão. © MSF

7. Enormes e persistes lacunas no financiamento

As Doenças Tropicais Negligenciadas enfrentam enormes problemas de financiamento, mas cinco doenças recebem a maior parte do pouco que está disponível. Elas podem ser tratadas mais rapidamente por meio da distribuição geral de medicamentos a um grande número de pessoas de uma só vez e, portanto, são populares entre as instituições doadoras.

Para as outras 16 DTNs, os métodos disponíveis para o controle das doenças podem ser mais complicados e caros, e o financiamento é muito mais limitado. A OMS estimou que faltariam 2 bilhões de dólares para controlar as DTNs somente no período de 2023 a 2025, excluindo o custo dos medicamentos.

Os doadores internacionais, como a França, o Reino Unido, a União Europeia e o BRICS (bloco de cooperação econômica e desenvolvimento composto por Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul) poderiam causar um impacto significativo, mas, de forma preocupante, têm reduzido seu financiamento, em vez de aumentar ou, pelo menos, manter seus compromissos com essas doenças comumente presentes em países de baixa renda.

Equipe de MSF trabalha em atividades de combate à dengue em Tegucigalpa. Agósto de 2023, México. © Martín Cálix

8. Envenenamento por picada de cobra segue como a maior causa de mortes entre as DTNs

A maioria das vítimas de picadas de cobra ainda não têm acesso a antivenenos porque moram muito longe de uma unidade de saúde que poderia ter o antídoto em estoque e, mesmo que conseguissem chegar a uma clínica, não teriam condições de arcar com o alto custo do produto.

Os antivenenos são produtos biológicos feitos sob medida para uso em regiões específicas, portanto, são produzidos em pequenas quantidades. Seu efeito geralmente não é tão forte quanto deveria ser, então as vítimas precisam comprar muitos frascos.

A regulamentação do mercado é muito limitada: cabe a cada país onde o antiveneno é usado avaliar a eficácia do produto contra os venenos das cobras locais. Até mesmo testar medicamentos básicos e regulares é difícil quando o sistema de saúde é frágil, portanto, na prática, muitos países não podem realizar avaliações de antivenenos.

A boa notícia é que, em 2017, a OMS lançou uma avaliação dos produtos existentes, solicitando amostras de vários fabricantes, e os resultados estão sendo divulgados em tempo real.

Com essa auditoria, esperamos pressionar os produtores a melhorar seus produtos. Além disso, esperamos que isso gere mais financiamento nacional e internacional para adquirir mais doses de antivenenos de qualidade e distribuí-los gratuitamente às vítimas de picadas de cobra.

Profissional de enfermagem da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de MSF coleta uma amostra de sangue de um paciente que foi picado por uma cobra, para testar a presença de veneno na corrente sanguínea. Maio de 2018, Etiópia. © Gabriele François Casini/MSF

9. Testes de diagnóstico são vitais, mas estão em falta

O monitoramento contínuo das Doenças Tropicais Negligenciadas é essencial para mantê-las sob controle e, para isso, os diagnósticos são fundamentais.

Muitos testes de diagnóstico nem sempre são precisos, portanto, é necessário investir para melhorá-los. Embora alguns novos diagnósticos estejam sendo desenvolvidos, eles se destinam a nichos de mercado muito específicos, por isso é difícil convencer grandes empresas a investir nessas iniciativas.

Há muito pouco apoio financeiro para testes de diagnóstico de DTNs. Muitos medicamentos para DTNs são produzidos por grandes empresas farmacêuticas, como a GSK, que podem querer doar os medicamentos em troca de uma boa reputação. As empresas que produzem testes de diagnóstico são muito menores, e essa não é uma opção para elas.

Não existe um mecanismo de acesso global para testes de diagnóstico de DTNs. Dessa forma, os países precisam adquirir os seus próprios testes individualmente.

É fundamental que os diagnósticos também sejam levados para mais perto das comunidades afetadas. A capacidade de diagnosticar essas doenças precocemente e de iniciar o tratamento imediato é essencial para o bem-estar dos pacientes e para evitar a disseminação de doenças.
Isso requer testes rápidos confiáveis, acessíveis e fáceis de usar no posto de atendimento.

Em Nowshera, na província de Khyber Pakhtunkhuwa, equipes de MSF apoiam hospital com doação de testes da dengue para combater o aumento de casos da doença. Outubro de 2022, Paquistão. © MSF

10. Redução do financiamento para pesquisas sobre DTNs arrisca grandes avanços médicos

Nos últimos anos, após uma relativa estabilidade, o financiamento para pesquisa e desenvolvimento de DTNs diminuiu significativamente. Se a tendência de queda continuar, as etapas finais de grandes avanços médicos serão colocadas em risco.

A pesquisa consome muito tempo e recursos: muitas inovações iniciais nunca “atingem o nível” em termos de eficácia e segurança e, portanto, precisam ser abandonadas. Os testes em estágio final são caros e, se não houver financiamento para eles, os novos compostos para tratar as DTNs não terão chance de chegar ao mercado para salvar vidas.

A leishmaniose visceral, a dengue e a doença de Chagas, por exemplo, têm novos compostos que estão prontos para testes clínicos, e uma vacina para a esquistossomose também está nos estágios iniciais de desenvolvimento.

Testes clínicos relacionados ao envenenamento por picada de cobra também poderão começar em breve. Em 2019, o Wellcome Trust investiu em um projeto de pesquisa e desenvolvimento de sete anos o envenenamento por picada de cobra, mas espera-se que esse financiamento termine em 2026.

Embora existam alguns produtos novos e empolgantes à vista – com um antídoto universal sendo o desejo da maioria da comunidade de pesquisa – para que isso seja alcançado, o financiamento precisa ser priorizado e sustentado a longo prazo, e o futuro de todo esse progresso está agora em jogo.

Equipe de enfermagem verifica as informações sobre pacientes diagnosticados com noma que passaram por cirurgia em hospital em Sokoto. Outubro de 2023, Nigéria. © Alexandre Marcou/MSF
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