Ebola: a sobrevivente Nubia completa 1 ano de vida

A bebê Nubia no centro de tratamento de Ebola de MSF em Nongo, em Conacri, na Guiné, em seu primeiro mês de vida. Apesar do começo triste – a morte de sua mãe após o parto, ocorrido enquanto estava doente de Ebola –, um ano depois Nubia faz de sua sobrevivência um final feliz para sua família e para quem se dedicou a sua recuperação.
Também conhecida pelas equipes de MSF como “rainha”, Nubia leva o mesmo nome da enfermeira brasileira que lhe ofereceu cuidados em seus primeiros dias de vida. “A família me disse que a criança se chamaria Nubia, como eu. Naquele momento, tudo o que eu consegui dizer foi um simples ‘obrigada’”, relembra Nubia Aguiar, que, na foto de novembro de 2015, carrega a criança em seus braços.
Já perto de completar um ano, a bebê Nubia é examinada por uma médica de MSF. Seu crescimento vinha sendo acompanhando na clínica da organização para sobreviventes de Ebola, em Conacri, na Guiné. Em outubro deste ano, MSF encerrou o projeto e os cuidados aos sobreviventes foram transferidos ao Ministério da Saúde e a organizações locais.
A dra. Marie Claire examina a bebê Nubia durante sua última visita à clínica de MSF. Apesar do encerramento do projeto, Nubia e seu meio-irmão MBemba, que também sobreviveu ao Ebola, serão acompanhados por equipes de MSF até que completem 2 anos de idade.
A bebê Nubia deixa a clínica de MSF para sobreviventes de Ebola com a sua tia, Mabinty Soumah. Ela e o marido ficaram responsáveis pela menina após a morte da mãe de Nubia, depois do parto.
Nubia e sua madrasta (e tia) Mabinty Soumah, e seu meio-irmão M’Bemba com a mãe (e também tia) Fatoumata Eissé, além do dr. Daouda Berete, durante a transferência para as equipes do Sistema Nacional de Saúde da Guiné, após o fechamento da clínica de MSF para sobreviventes de Ebola em Conacri.
A bebê Nubia e sua tia Mabinty Soumah em Conacri, na Guiné, onde vivem. “Ela é bastante amada, e isso é o mais importante”, conta a enfermeira brasileira Nubia Aguiar, de MSF, que diz sentir-se honrada por participar de forma tão especial da história da menina.
Um retrato da família da bebê Nubia. O Ebola destroçou sua família, matando duas das três esposas de seu pai, incluindo sua mãe. Desde o início da epidemia do vírus, em março de 2014, até dezembro de 2015, MSF havia recebido 10.310 pacientes em seus centros de tratamento de Ebola; desses, 5.201 eram casos confirmados da doença, representando um terço de todos os casos confirmados pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Há um ano, vinha ao mundo o primeiro recém-nascido a ter sobrevivido ao Ebola de que se tem conhecimento. Símbolo de esperança e resiliência, foi o último paciente a receber alta do centro de tratamento de Médicos Sem Fronteiras em Conacri, na Guiné. Seu nome é Nubia, uma homenagem à enfermeira brasileira Nubia Aguiar, que assistiu a menina durante seus primeiros dias de vida. Um ano depois, a bebê Nubia nos mostra que resistiu bravamente ao vírus mortal, sob os cuidados de sua tia, após perder a mãe para o Ebola depois do parto.
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