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Gaza em ruínas

No norte da Faixa de Gaza, regiões como Shejaaia foram massivamente destruídas, e dezenas de milhares de pessoas ficaram desabrigadas.
Habitantes deslocados abrigados em hospitais e escolas, sem garantia de segurança.
À noite, cerca de 50 pessoas ainda compartilham uma sala de aula da escola de Belt Hanoun.
Mais de 500 crianças foram mortas durante os 50 dias de conflito.
Bisan Daher, de sete anos, é a única sobrevivente de uma família de oito membros. Ela passou seis horas debaixo dos escombros antes de ter sido encontrada e resgatada.
Faltam especialistas em Gaza para cuidar dos milhares de feridos, como cirurgiões plásticos para cirurgias reconstrutivas.
Médicos Sem Fronteiras administra uma clínica ambulatorial em Gaza que oferece cuidados pós-operatórios e reeducativos desde 2007. Atualmente, cerca de 200 pessoas feridas estão sendo acompanhadas.
Alguns pacientes, como, por exemplo, aqueles que estão gravemente queimados, vão precisar de meses de fisioterapia e, muitas vezes, cirurgias adicionais.
O trauma psicológico, principalmente entre os mais novos, é a principal preocupação pós-conflito.
É provável que a reconstrução leve anos. Algumas casas tinham acabado de ser reconstruídas após a operação “Pilar de Defesa”, em 2012.
Muitas indústrias palestinas também foram danificadas, o que impactou significativamente a economia e a oferta de empregos.
Sem o progresso político e diante da destruição, não há otimismo em Gaza.

Depois de 50 dias de conflito, um cessar-fogo foi declarado em 26 de agosto em Gaza. Além da destruição material, foram mais de 2 mil mortes, sendo que um quarto eram crianças, e mais de 10 mil feridos. As necessidades médicas continuam intensas, principalmente no que se refere a cuidados pós-operatórios, reabilitação e saúde mental. Confira as imagens registradas pelas equipes de Médicos Sem Fronteiras. (Fotos: Yann Libessart/MSF)
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