Grécia: equipe de MSF oferece apoio psicológico e cuidados médicos a sobreviventes de naufrágio na ilha Farmakonisi

Trinta e quatro pessoas perderam suas vidas; entre elas, quatro bebês e 11 crianças

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No dia 13 de setembro, um barco de madeira carregando mais de 130 refugiados e imigrantes afundou na ilha grega Farmakonisi. Trinta e quatro pessoas perderam suas vidas; entre elas, quatro bebês e 11 crianças. As pessoas que sobreviveram ao naufrágio foram levadas pela guarda costeira grega à ilha vizinha de Leros. Uma equipe de MSF baseada em Kos foi enviada imediatamente a Leros para prestar suporte de saúde mental e cuidados médicos aos sobreviventes.

“As pessoas estão chocadas e aterrorizadas com a experiência. Há pessoas que perderam seus parentes, outras que perderam seus filhos”, diz Vangelis Orfanoudakis, coordenadora de MSF. “Anestesiados pelo horror do naufrágio e preocupados com outras pessoas do grupo que não têm sido vistas (provavelmente já se foram), eles só choram o tempo todo ou parecem estar desligados do mundo exterior. Com a ajuda dos nossos mediadores culturais que falam árabe, nossos psicólogos ficaram ao lado deles, oferecendo apoio psicológico muito necessário. Nós tentamos garantir que eles tenham suas necessidades básicas cobertas e ficar disponíveis para aqueles que desejam falar com alguém.”

O médico e o enfermeiro de MSF trataram pessoas com infecções no trato respiratório superior e inferior, geralmente causadas por aspiração da água do mar; laringite aguda, relacionada com os gritos por ajuda; doenças gastrointestinais; e ferimentos em seus membros inferiores e superiores.

Na medida em que mais refugiados e imigrantes continuam chegando à ilha de Leros, vindos da ilha Farmakonisi, a equipe médica de MSF também está oferecendo cuidados médicos aos recém-chegados.

“As pessoas estão morrendo toda semana enquanto cruzam o mar para chegar à Europa. Elas não deveriam ter de arriscar suas vidas para buscar proteção e asilo. Os esforços de busca e resgate precisam ser intensificados imediatamente e a União Europeia deveria oferecer alternativas seguras e legais para essas perigosas jornadas em barcos”, diz Vangelis Orfanoudakis.
 

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