MSF retoma atividades na Índia em resposta à segunda onda de COVID-19

Casos batem recorde e passam de 200 mil por dia; trabalho começa em Mumbai

MSF retoma atividades na Índia em resposta à segunda onda de COVID-19

Médicos Sem Fronteiras está reiniciando suas atividades de emergência em Mumbai, no estado de Maharashtra (Índia), em meio a uma segunda onda de COVID-19. A cidade é densamente povoada e as condições de saneamento são bastante precárias, o que torna o ambiente favorável ao contágio da população pelo novo coronavírus. Em todo o país, as infecções atingiram um pico de mais de 200 mil novos casos diários. Em 16 de abril, 115.736 casos foram relatados apenas no estado de Maharashtra.

“A situação é muito preocupante. Este é o maior surto desde o início da pandemia”, afirma Dilip Bhaskaran, coordenador do projeto de MSF em Mumbai. E completa: “Neste momento, a organização está pronta para oferecer serviços de apoio às unidades de saúde, que atualmente estão completamente sobrecarregadas.”

As equipes de MSF estão identificando ativamente os casos de pacientes com COVID-19, conduzindo exames e realizando triagens no hospital Shatabdi e na clínica independente da organização. O principal objetivo da ação é realizar a prevenção e o controle de co-infecções em pacientes com COVID-19, tuberculose e tuberculose resistente a medicamentos, que, nestes casos, estão sendo encaminhados para internação e tratamento em outra unidade de saúde, o hospital Sewri.

Já os pacientes contaminados apenas com o novo coronavírus, que precisam de internação, são encaminhados para o Centro de Saúde COVID-19 (DCHC), dedicado ao tratamento da doença. MSF também está fornecendo acompanhamento por telefone e kits de higiene para pacientes de alto risco, incluíndo tuberculose e tuberculose resistente a medicamentos, pacientes com diabetes mellitus e idosos. Para assegurar que essas pessoas tenham atendimento adequando, a organização ainda apoia quatro centros de saúde.

MSF está se preparando para dar suporte no Hospital Jumbo, em Mumbai, com dois conjuntos de barracas com capacidade para 1.000 leitos de tratamento intensivo cada. Cinco médicos e cinco enfermeiros já foram recrutados para reforçar a equipe local. MSF continuará a fornecer suporte médico e técnico com suprimentos de oxigênio e terapia aos doentes.

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