“Não sou médico, mas posso contribuir para que as pessoas tenham o direito de receber cuidados de saúde”

Em Histórias de MSF, conheça Imamur Rahman, coordenador-geral de Relações Institucionais em Bangladesh, que atua há 15 anos para melhorar o acesso à saúde no país.

Imamur em 2008, quando iniciou sua carreira em MSF

A jornada de Imamur Rahman em Médicos Sem Fronteiras (MSF) começou em 2008, após a passagem do ciclone Sidr, que devastou diversas regiões de Bangladesh. Ele se inspirou no trabalho que MSF realizou no país e decidiu se juntar à organização com o objetivo de fazer a diferença na vida das pessoas.  Desde então, nunca mais saiu. Em 2023, Imamur completou 15 anos de atuação com MSF Bangladesh.

Embora não seja médico, Imamur contribui para o direito das pessoas de receber serviços de saúde por meio de sua atuação no gerenciamento de questões externas à organização, em temas relevantes para MSF. Imamur é um profissional de Advocacy e atua no cargo de coordenador-geral de Relações Institucionais de MSF em Bangladesh. “Para mim, contextualizar os princípios e as abordagens humanitárias de MSF com o contexto de Bangladesh é a parte mais desafiadora [do trabalho]”, explica.

Ao longo de sua jornada de 15 anos com MSF, Imamur trabalhou em muitas emergências, incluindo o ciclone Sidr, surtos de malária e de calazar e a resposta à crise Rohingya. O que mais o motiva é a abordagem atenta e cuidadosa de MSF em relação aos pacientes.

 

 

Ele se lembra de uma ocasião, em 2008, em que MSF estava finalizando gradualmente sua atuação na prevenção da malária na região das colinas de Bangladesh, e as pessoas da comunidade protestaram, dizendo que a organização não podia ir embora. Foi então que ele percebeu o verdadeiro impacto do trabalho de MSF, e isso o emocionou profundamente.

Imamur em 2008, quando iniciou sua carreira em MSF

“A maneira como a organização atua é compatível com os meus ideais, e essa é uma das maiores razões pelas quais continuo trabalhando em MSF”, compartilha Imamur. Ele se lembra de ter formado “ambulâncias humanas” para levar pacientes ao hospital, porque não havia veículos disponíveis nas áreas montanhosas.

A dedicação de Imamur em ajudar o próximo está enraizada em sua experiência pessoal. Ele perdeu seus pais devido a doenças graves, por isso sabe da importância de receber atendimento médico no momento certo. “Não sou médico, mas posso contribuir para que as pessoas tenham o direito de receber cuidados de saúde”, diz. “Esse é um tipo diferente de sentimento, acho que não se pode medir isso por dinheiro ou por qualquer outra coisa.”

O conselho de Imamur para os profissionais que desejam trabalhar com MSF é simples, mas profundo: “Você precisa ter paixão por atuar na assistência às pessoas que se encontram em situação de vulnerabilidade e estar pronto para sair de sua zona de conforto”, disse ele.

 

Sobre a atuação de um profissional de Advocacy 

O trabalho do profissional de Advocacy consiste na articulação com diversas instituições e atores relevantes da sociedade civil. O  objetivo é ter uma melhor compreensão dos contextos em que MSF atua, desenvolver estratégias e, com base em dados e na experiência de atuação em nossos projetos, propor mudanças e políticas para melhorar o acesso à saúde de populações em situação de vulnerabilidade.

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