Philomène e Elise, duas mulheres vivendo com HIV na RDC

Philomène, de 47 anos, é HIV positivo. Ela foi diagnosticada há 14 anos. Hoje, é uma dedicada ativista no grupo comunitário RENOAC, que ajuda congoleses a viverem positivamente com HIV. Graças aos medicamentos antirretrovirais, ela pode viver sua vida como qualquer outra pessoa com seu marido, filho e filhas.
Elise, de 12 anos, também é HIV positivo. Sua experiência com os medicamentos antirretrovirais tem sido dura, e ela está sofrendo muito.
Philomène presta muita atenção à qualidade dos alimentos que come para se manter saudável e digerir bem os medicamentos antirretrovirais que toma diariamente.
Elise mal passou um dia em casa e já teve de voltar ao hospital. Quando foi internada, a temperatura de seu corpo era de 34C, e ela respirava apenas três vezes por minuto. Agora, os médicos estão monitorando de perto o progresso de Elise em sua batalha contra o HIV.
No hospital, Philomène explica à Elise que ela precisa se alimentar para poder digerir sua medicação e ganhar força.
Agathe, mãe de Elise, ora por sua filha no hospital. Mas a situação é mais forte do que Agathe pode suportar, e ela cai aos prantos na medida em que sua filha luta por sua vida. Alguns dias depois em que essa foto foi tirada, Elise perdeu sua batalha contra o HIV e morreu.

Essa é a história de duas mulheres vivendo com HIV na República Democrática do Congo (RDC): Philomène, de 47 anos, tem mantido, com sucesso, o HIV sob controle há 14 anos, com a manutenção de um regime de tratamento à base de medicamentos antirretrovirais (ARV). Elise, por outro lado, tem apenas 12 anos. Ela também está lutando contra o HIV, mas tem encontrado dificuldades para recuperar suas forças e continuar tomando os medicamentos ARV, que são sua única chance de sobrevivência.

Em diferentes idades e momentos de suas batalhas contra o HIV, essas duas mulheres compartilham da mesma experiência, e que é muito habitual na RDC. O vírus está sempre presente na luta das duas para se juntarem às suas famílias e permanecerem com elas. Acima de tudo, a luta é para que continuem vivas.

Infelizmente, a experiência compartilhada termina aqui. Apesar do encorajamento e apoio à Elise, Philomène não pôde ajudar a jovem a superar suas dificuldades para digerir os medicamentos que salvam vidas e se manter no tratamento.

Elise perde sua batalha contra o HIV e morre. Ela deixa para trás mãe e família aflitas. Sua história trágica, que vem a se juntar a outras, que já são muitas, relata o conto devastador do HIV na RDC. (Fotos: Rosalie Colfs)
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