Reação inicial de MSF às investigações norte-americanas do ataque em Kunduz

Por Christopher Stokes, diretor-geral de MSF

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“A versão norte-americana apresentada hoje, 25/11, para o bombardeio do hospital da organização humanitária internacional Médicos Sem Fronteiras (MSF) em Kunduz, no Afeganistão, deixa MSF com mais perguntas do que respostas. É chocante que um ataque possa ser conduzido sem que as forças armadas dos EUA tivessem visão do alvo nem acesso a uma lista de locais que não deveriam ser atacados, e que disponham de sistemas de comunicação em más condições de funcionamento. Ao que parece, 30 pessoas foram mortas e centenas de milhares estão privadas de cuidados vitais em Kunduz simplesmente porque o hospital de MSF era o edifício de grande porte mais próximo a uma área descampada e sua descrição “quase correspondia” à de um alvo visado.

A sequência assustadora de erros destacados hoje ilustra a extrema negligência por parte das forças norte-americanas e violações das regras de guerra. A destruição de uma instalação protegida sem que houvesse verificação do alvo – nesse caso, um hospital cheio de pessoal médico e pacientes em pleno funcionamento – não pode ser apenas categorizada como um erro humano individual ou como infrações das regras de engajamento norte-americanas. MSF reitera seu pedido por uma investigação independente e imparcial do ataque ao nosso hospital em Kunduz.”

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