Rohingyas em Bangladesh

A travessia até Bangladesh quase nunca é segura. Além de cruzarem o rio Naf, que marca a fronteira entre o país e Mianmar, migrantes e refugiados também enfrentam o medo e a insegurança. A jornada é exaustiva e traumatizante.
A chegada da estação das monções em Bangladesh tem preocupado os moradores e nossas equipes. A chuva pode piorar as já precárias condições de saneamento e aumentar a incidência de doenças, como a cólera. Lila e seus irmãos tiveram que ser realocados para uma nova área no campo de Kutapalong, pois sua casa corria o risco de ser danificada pela chuva.
No campo de refugiados de Jamtoli, Halima e sua mãe aguardam na chuva para receber alimentos.
Ansar e seu filho de apenas três meses de vida, Salim, recebem atendimento em nosso hospital em Goyalmara, localizado a alguns metros de distância do campo de Jamtoli.
Nur e Amina são atendidas pela obstetriz Nina Egger em nossa clínica no campo de refugiados Hakimpara.

Desde agosto de 2017, quase 700 mil refugiados rohingyas chegaram a Bangladesh. Eles fogem da violência que sofriam no estado de Rakhine, em Mianmar, onde tiveram seus direitos negados, suas casas queimadas e suas vidas destruídas apenas por serem rohingyas. Nos campos de refugiados onde buscam abrigo, continuam sofrendo com condições precárias e superlotação.

Médicos Sem Fronteiras está respondendo a essa crise humanitária e já enviou mais de 2 mil profissionais para atender às necessidades médicas. Nossas equipes mantêm cinco instalações com espaço para internação, três centros de saúde primária, 10 postos de saúde e uma clínica móvel.
 
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