Síria: condições de vida desastrosas no leste de Aleppo

Em meio à destruição causada por bombardeios indiscriminados, a população do leste de Aleppo tem um acesso muito limitado a cuidados de saúde, já que a região inteira conta com apenas 8 hospitais, 7 cirurgiões e menos de 35 médicos de outras especialidades. Nas últimas duas semanas, os ataques já mataram pelo menos 377 pessoas (número de mortes registrado apenas nos hospitais). 
Com os bombardeios contínuos, boa parte da população se encontra sem acesso algum a cuidados de saúde. Nas oito instalações médicas remanescentes, que foram atacadas cinco vezes cada uma, cirurgias estão sendo feitas no chão das salas de emergência, devido à ausência de centros cirúrgicos e leitos disponíveis.
Com ataques recorrentes a áreas civis – hospitais, mercados, pontos de distribuição de suprimentos e itens de ajuda – o número de feridos que precisam ser operados é alto no leste de Aleppo. Porém, com a atual quantidade de médicos capacitados para realizar cirurgia, é quase impossível atender a essa demanda: a região conta, hoje, com apenas sete cirurgiões.
A destruição está por toda parte no leste da cidade de Aleppo. Áreas civis são bombardeadas continuamente, matando centenas de pessoas e deixando outras centenas de feridos. Desde julho foram registrados 23 ataques aos oito hospitais que ainda restam na região.
A falta de itens básicos, como alimentos, suprimentos médicos e outros, afeta gravemente a população do leste de Aleppo. A região também carece de combustível, o que afeta principalmente o deslocamento de ambulâncias, que frequentemente precisam transferir pacientes feridos.
Na região leste de Aleppo, mais de 250 mil pessoas sofrem com insegurança, destruição de hospitais e outras instalações civis, falta de alimento e de acesso a cuidados médicos. A população de Aleppo vem sofrendo cada vez mais com os ataques contínuos e indiscriminados a zonas civis da cidade. 
A imagem retrata os danos causados ao hospital M10, apoiado por MSF, na região leste de Aleppo. A estrutura foi bombardeada pela primeira vez no dia 28 de setembro e depois no dia 1º de outubro, quando fechou para ser restaurado. Durante as obras, o hospital foi bombardeado pela terceira vez, matando um grande número de trabalhadores e acabando com o plano de restauração da estrutura. A região leste de Aleppo conta com apenas oito hospitais para atender à população local, de aproximadamente 250 mil pessoas. 

Desde julho, os oito hospitais remanescentes no leste da cidade de Aleppo, na Síria, sofreram 23 ataques. No dia 28 de setembro, o hospital M10, maior da região e apoiado por Médicos Sem Fronteiras, foi atacado pela primeira vez. No dia 1º de outubro, o hospital foi bombardeado novamente, tendo que suspender todas as suas atividades para que as instalações fossem restauradas. Dois dias depois, em meio à reconstrução da estrutura, um novo ataque matou parte dos trabalhadores da manutenção, deixou dezenas de feridos e destruiu o que já estava em condições precárias.

A galeria de fotos de Gaith Yagout Al-Murjan mostra a destruição do hospital e seu entorno. As fotos foram tiradas no dia 5 de outubro, dois dias após o último ataque ao hospital M10. A população da região leste de Aleppo sofre cada vez mais com os bombardeios contínuos, a insegurança, e a falta de alimentos, acesso a cuidados médicos e suprimentos básicos.
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