Ucrânia: ataque contra infraestrutura civil e médica deixa cinco mortos em Dnipro

Pelo menos 21 pessoas ficaram feridas; hospital apoiado por MSF também foi atingido

Hospital danificado em Dnipro. Ucrânia. © MSF

Uma área residencial na cidade de Dnipro, no leste da Ucrânia, foi atacada no último dia 25 de outubro. Pelo menos 21 pessoas ficaram feridas e cinco, incluindo uma criança, foram mortas.

“Condenamos esse ataque russo a uma área residencial, que inclui o hospital para onde nossas ambulâncias encaminham pacientes. Médicos Sem Fronteiras (MSF) continua comprometida em oferecer ajuda na região pelo tempo necessário”, declara Thomas Marchese, coordenador de emergência de MSF na Ucrânia.

“Esse último ataque danificou mais de 20 prédios residenciais. Entre as estruturas impactadas, está também o Hospital Mechnikov, um dos maiores da Ucrânia, com o qual MSF tem trabalhado em estreita colaboração desde 2022”, continua Marchese.

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Este hospital é essencial para pessoas feridas e com outras questões de saúde que vivem em regiões próximas da linha de frente dos conflitos, onde o acesso a cuidados médicos especializados é muito limitado por causa das hostilidades em curso.

Ambulância de MSF em Dnipro. Ucrânia. © MSF

Pacientes gravemente feridos são encaminhados de ambulância para a instalação, e famílias deslocadas que saem de locais próximos à linha de frente da guerra – como Pokrovsk, Myrnohrad, Kurakhove – também vão até o hospital para receber atendimento médico. Muitos pacientes que necessitam de tratamento urgente e complexo são transportados para Dnipro. Equipes que trabalham em ambulâncias de MSF apoiam ativamente as transferências entre hospitais.

Nossos profissionais têm relatado uma escalada alarmante das hostilidades na Ucrânia, com áreas civis cada vez mais sob fogo. A equipe de MSF testemunhou ataques aos hospitais Selydove, Kherson e Okhmatdyt (pediátrico). As pessoas não se sentem seguras, mesmo nas enfermarias dos hospitais. Muitas vezes, elas são acordadas por sirenes alertando sobre ataques iminentes.

O número de ucranianos que enfrentam estresse traumático grave por viver em meio à destruição constante cresce a cada hora. O tratamento é quase impossível, pois raramente há um espaço seguro onde os pacientes possam receber cuidados estáveis.

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