Uganda: MSF responde a surto de febre Marburg

Em um mês, três pessoas da mesma família morreram em decorrência da doença.

Resposta de MSF a surto de Marburg que ocorreu em Uganda em 2012.

Duas equipes da organização humanitária internacional Médicos Sem Fronteiras (MSF) estão atuando, no momento, no leste de Uganda, oferecendo suporte a autoridades locais de saúde e seus parceiros em resposta a um surto de febre hemorrágica Marburg.

Até agora, três pessoas morreram da doença – um caso suspeito e dois confirmados – nos dias 25 de setembro, 13 de outubro e 26 de outubro, respectivamente. Todas elas eram da mesma família. Os dois primeiros pacientes morreram no hospital de Kapchorwa, enquanto o terceiro morreu na unidade de tratamento do centro de saúde de Kween.

MSF está concentrando sua atuação no gerenciamento de casos, apoiando a detecção e o rastreamento de contato. Em Kween, MSF instalou e mantém uma unidade de tratamento de dez leitos e um epidemiologista da organização está ajudando autoridades locais de saúde no rastreamento de contato – listando e monitorando pessoas que estiveram em contato com os casos já identificados. Em Kapchorwa, MSF mantém, em conjunto com o Ministério da Saúde, uma unidade de tratamento de nove leitos dentro do hospital distrital já existente.

O vírus da febre Marburg é semelhante ao do Ebola – os sintomas iniciais não são muito específicos e podem incluir febre, dores de cabeça, fadiga e náuseas. Assim como o Ebola, a doença pode ser letal em até 90% dos casos.
Atualmente, não há uma vacina ou um tratamento aprovado contra a doença, já que nenhum produto teve seu percurso de pesquisas clínicas totalmente finalizado. Contudo, medicamentos já existentes se mostraram, pelo menos parcialmente, eficazes no tratamento contra outros filovírus, e sua ministração em um esquema de uso compassivo está sendo pesquisado por MSF e pelas autoridades locais de saúde.

MSF atuou pela primeira vez em Uganda em 1980. A organização médico-humanitária atualmente mantém programas de emergência para assistir refugiados sul-sudaneses no norte do país, além de projetos de longo prazo nos distritos de Arua e Kasese. Nesses locais, o foco é direcionado ao HIV, à tuberculose, à malária e a outras doenças infecciosas, além do acesso a cuidados de saúde para populações com necessidades específicas (adolescentes, comunidades pescadoras, profissionais do sexo e outros).

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