Desde a sua descoberta, em 1981, o HIV/Aids matou mais de 40 milhões de pessoas.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), apenas em 2021, aproximadamente 650 mil pessoas morreram de causas relacionadas ao HIV, e 1,5 milhão adquiriram o vírus. Isso equivale a mais de 4 mil novos casos todos os dias.

No final de 2021, estimava-se que cerca de 38,4 milhões de pessoas viviam com o HIV no mundo. Entre elas, 1,7 milhão são crianças com menos de 15 anos de idade. Dois terços do total (25,6 milhões) de pessoas que vivem com o HIV residem em países da África.

1.

Causa

Apesar da existência de testes rápidos e de baixo custo para detectar o HIV, o conhecimento sobre a carga viral ainda apresenta algumas limitações, principalmente em contextos pouco estruturados e áreas rurais.

A OMS estima que cerca de 86% das pessoas que vivem com o HIV estão cientes de sua condição*.

2.

Sintomas

Nas primeiras duas a seis semanas depois de serem infectadas pelo HIV, algumas pessoas podem apresentar sintomas similares aos de uma gripe, como febre, mal-estar prolongado, gânglios inchados pelo corpo, manchas vermelhas na pele, dor de garganta e dores nas articulações. Algumas pessoas não apresentam nenhum sintoma por muitos anos enquanto o vírus, vagarosamente, se replica.

Uma vez que os sintomas desaparecem, a pessoa que vive com o HIV pode não sentir mais nada por muito tempo. O período, conhecido como janela, varia de 2 a 15 anos.

A pessoa que vive com o vírus HIV é diagnosticada com a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Sida/Aids) quando seu sistema imunológico está fraco a ponto de não poder mais combater infecções oportunistas e doenças como a pneumonia, a meningite e alguns tipos de câncer. Uma das infecções mais comuns entre pessoas vivendo com o HIV é a tuberculose (TB) que, a cada ano, é a causa de um terço das mortes nessa população.

3.

Diagnóstico

Apesar da existência de testes rápidos e de baixo custo para detectar o HIV, o conhecimento sobre a carga viral ainda apresenta algumas limitações, principalmente em contextos pouco estruturados e áreas rurais.

A OMS estima que 86% das pessoas que vivem com o HIV estão cientes de sua condição.

4.

Tratamento

Ainda não existe cura para a infecção pelo HIV, embora os tratamentos sejam muito mais eficientes do que no passado. Uma combinação de medicamentos antirretrovirais (ARVs) ajuda a combater a multiplicação do vírus e permite que os pacientes levem vidas mais longas e saudáveis, sem que seu sistema imunológico seja afetado rapidamente. Esses medicamentos também são usados como medida preventiva, para diminuir a transmissão. Estima-se que, em 2021, 28,7 milhões de pessoas receberam tratamento antirretroviral, o que significa que pelo menos 9,7 milhões de pessoas vivendo com o HIV continuaram sem tratamento.

5.

Atividades

MSF trabalha com o atendimento a pessoas que vivem com HIV desde 2000. Em 2021, mais de 37 mil pessoas vivendo com HIV receberam cuidados diretos de MSF; outras quase 50 mil pessoas estavam recebendo tratamento em programas apoiados por MSF. MSF está desenvolvendo abordagens para melhorar o atendimento pediátrico e de adolescentes com HIV e a oferta de cuidados em contextos negligenciados, como a África Ocidental e Central e países afetados por conflitos.

Os programas de HIV/Aids de MSF oferecem testes para o vírus e aconselhamento pré e pós-teste, além de tratamento e prevenção de infecções oportunistas, prevenção da transmissão de mãe para filho, monitoramento da carga viral e progressão da doença e fornecimento de ARVs gratuitos para aqueles que têm uma indicação de tratamento.

Nossos programas incluem suporte à prevenção, por meio de atividades de conscientização e de educação para ajudar as pessoas a entender como podem prevenir a transmissão do vírus. Também oferecemos apoio e acompanhamento para aumentar a aderência ao tratamento com ARVs e suporte psicológico às famílias e pessoas vivendo com HIV/Aids.

*Dados de 2023.

Esta página foi atualizada em novembro de 2024.

 

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