Em 2023, Médicos Sem Fronteiras (MSF) prestou serviços médicos por meio de múltiplas instalações de saúde em Bangladesh, principalmente aos refugiados Rohingya e as comunidades de acolhimento em Cox’s Bazar e na capital, Dhaka.   

Nossos serviços de saúde gerais e especializados incluíam atendimento de emergência, atendimento de saúde sexual e reprodutiva e apoio à saúde mental. Também tratamos pacientes com doenças não transmissíveis, como diabetes e hipertensão, e sobreviventes de violência sexual e de gênero. 

Mais de seis anos após centenas de milhares de Rohingya chegarem a Bangladesh fugindo da perseguição em Mianmar, a possibilidade de um retorno seguro continua remota. Condições de vida terríveis, superlotação, falta de serviços básicos e dependência total de ajuda humanitária estão afetando fortemente tanto os refugiados quanto as comunidades anfitriãs. Sem solução para a crise à vista, MSF está testemunhando consequências graves para a saúde física e mental dos refugiados presos indefinidamente nos acampamentos. 

Desde 2019, temos tratado pessoas com ferimentos sofridos em agressões físicas e outras formas de violência intensa, o que é mais um indício das condições de vida perigosas nos campos. 

Em maio, uma pesquisa de prevalência de sarna da Organização Mundial da Saúde (OMS) descobriu que quase 40% dos refugiados Rohingya tinham a doença, refletindo o que vimos em nossas clínicas entre março de 2022 e maio de 2023. MSF liderou um trabalho de defesa, pedindo um programa de administração de medicamentos em massa nos campos, que foi implementado com sucesso. 

No final do ano, entregamos nosso projeto Unchiprang, no qual oferecíamos cuidados básicos de saúde, ao Comitê Internacional de Resgate, e concluímos nossas atividades no hospital Sadar em Cox’s Bazar. 

Em Dhaka, continuamos administrando duas clínicas no distrito de Kamrangirchar, prestando cuidados de saúde sexual e reprodutiva, tratamento médico e psicológico a sobreviventes de violência sexual e baseada no gênero, e serviços de saúde ocupacional a trabalhadores de fábricas. 

Também construímos uma área de gestão de resíduos no Hospital Kamrangirchar, uma unidade de saúde pública com 31 leitos, onde começaremos a oferecer serviços de saúde sexual e reprodutiva em 2024. 

Também trabalhamos com o Programa Nacional de Controle de Doenças Transmissíveis para desenvolver diretrizes nacionais para o tratamento da hepatite C, que estão atualmente sendo analisadas por especialistas de Bangladesh. 

 

 

 

Dados referentes a 2023

628.300

Consultas ambulatoriais

5.270

Partos assistidos

40.800

Consultas individuais de saúde mental

2.015

Equivalente em tempo integral

24.000

Pacientes internados

29,8 milhões de euros

Despesas

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