As equipes de Médicos Sem Fronteiras no Brasil prestam cuidados de saúde a comunidades em locais de difícil acesso, muitas vezes sem acesso aos serviços por causa do terreno difícil e da falta de profissionais de saúde. 

No estado de Roraima, atuamos na Terra Indígena Yanomami (TIY), na região de Auaris, prestando assistência geral à saúde e tratamento da malária. Na capital do estado, Boa Vista, oferecemos consultas médicas e apoio à saúde mental no Centro de Saúde Yanomami. 

A TIY é o maior território indígena do país e está sob emergência sanitária declarada desde 2023. Desde então, apoiamos o Ministério da Saúde na resposta à crise, que está ligada em parte à degradação ambiental causada pela mineração ilegal. Não apenas as áreas de pesca tradicionais foram danificadas, contribuindo para a insegurança alimentar, mas a terra foi marcada com buracos que se enchem de água da chuva, criando condições ideais de reprodução para mosquitos e a disseminação da malária. 

Enquanto isso, no estado do Pará, no Norte, inauguramos um novo projeto em Portel, uma cidade amazônica a cerca de 16 horas de barco da capital do estado, Belém, para ajudar comunidades que enfrentam dificuldades de acesso à saúde. Comunidades ribeirinhas são particularmente afetadas por causa da distância das unidades de saúde e da falta de profissionais de saúde. Trabalhando com o departamento de saúde da cidade, pretendemos melhorar o acesso a serviços de saúde sexual e reprodutiva, cuidados gerais e de saúde mental, e apoio a vítimas e sobreviventes de violência sexual. 

Além dessas atividades, lançamos no segundo semestre uma resposta emergencial para ajudar as pessoas atingidas pelas enchentes no Vale do Taquari, no sul do estado do Rio Grande do Sul. Por cerca de três meses, treinamos psicólogos locais e equipes de saúde, educação e serviços sociais. Também fornecemos kits de higiene e outras atividades de promoção da saúde para pessoas que tiveram que se mudar para abrigos temporários. 

No final do ano, concluímos nosso trabalho com migrantes venezuelanos que vivem em Roraima. Por cinco anos, fornecemos serviços médicos e de saúde mental em Boa Vista e Pacaraima, na fronteira com a Venezuela. 

Dados referentes a 2023

16.100

Consultas ambulatoriais

105

Equivalente em tempo integral

990

Consultas individuais de saúde mental

5,1 milhões de euros

Despesas

Filtrar por