Em Madagascar, Médicos Sem Fronteiras (MSF) forneceu apoio à resposta nacional ao aumento de casos de sarampo e aos impactos devastadores do Ciclone Freddy nas áreas de nutrição e saúde da população em 2023. 

Madagascar é um dos países mais vulneráveis aos efeitos das mudanças climáticas. O país foi atingido por uma série de ciclones poderosos nos últimos anos, evidenciando os problemas de saúde de muitas comunidades vulneráveis. 

Em 2023, as equipes de MSF se depararam com aumento alarmante nas taxas de desnutrição nos Distritos do Sudeste, onde as famílias enfrentavam uma crise tripla de insegurança alimentar, malária e eventos climáticos extremos.  

Após o impacto do ciclone Freddy em fFevereiro, conduzimos uma avaliação para verificar a extensão dos danos à agricultura no Sudeste da ilha e o impacto potencial sobre aqueles que dependem dela. O ciclone teve um impacto sobre quase 117 mil pessoas. 

Após a destruição de suas plantações, muitos facabaram dependentes dos estoques de alimentos cada vez menores, resultando em um aumento nas taxas de desnutrição. Em resposta, nossas equipes intensificaram os programas de nutrição e forneceram tratamento para crianças que sofriam de desnutrição aguda grave, muitas das quais também tinham malária. 

A cobertura vacinal em Madagascar continua baixa, com apenas 49% das crianças de 12 a 23 meses totalmente imunizadas. Em resposta a um aumento nos casos de sarampo no Nordeste do país, MSF forneceu apoio às autoridades locais por meio de campanhas de vacinação, atividades de conscientização e fornecimento de tratamento. 

Em 2023, concluímos nossa intervenção no extremo Sul da ilha. Isso ocorreu após o início de uma resposta emergencial à desnutrição em março de 2021, que posteriormente evoluiu para um programa focado em melhorar o acesso à água nas regiões de Androy e Anosy. Nossas equipes perfuraram poços, reabilitaram pontos de água e conduziram estudos sobre os problemas e desafios que cercam a gestão sustentável de pontos de água. Compartilhamos e discutimos nossas informações com autoridades estaduais, doadores, representantes da sociedade civil, empresas e organizações humanitárias. Além disso, aprimoramos as capacidades de parceiros locais, treinando técnicos para o conserto e manutenção de bombas manuais.Também foram feitas doações para apoiar suas atividades, melhorando assim sua eficiência.