As equipes de Médicos Sem Fronteiras (MSF) no Mali continuaram a fornecer serviços vitais de saúde às pessoas deslocadas e pacientes feridos de guerra, em meio à escalada da violência e aos ataques cada vez mais numerosos à nossa equipe e instalações. 

O nível de violência contra civis se intensificou ao longo do ano, resultando em deslocamentos generalizados, em particular, nas regiões Norte e Central do país. Outros ficaram encurralados em suas cidades e aldeias devido à presença de grupos armados ou ao impacto de conflitos intercomunitários. A violência no Nordeste do Mali também resultou em deslocamento de pessoas, principalmente em torno de Ansongo e Gao, onde estamos comprometidos em fornecer assistência humanitária e cuidados médicos aos feridos. 

Inúmeras organizações humanitárias internacionais retiraram-se das áreas afetadas pelos combates, uma vez que não conseguiam acesso aos necessitados. Nossas equipes continuaram a operar em Koro e Douentza, na Região Central de Mopti, respondendo às necessidades de pessoas deslocadas e auxiliando refugiados do vizinho Burkina Faso. 

Durante o ano, MSF e outras ONGs também foram vítimas da violência. Isso incluiu o sequestro e agressão de funcionários, o saque de instalações de saúde apoiadas por MSF e ataques às nossas ambulâncias. Em novembro, fomos obrigados a evacuar nosso pessoal de Kidal, Boni e Nampala devido a uma diminuição significativa na segurança dessas áreas. Apesar dos desafios, continuamos a fornecer assistência médica e ajuda humanitária às pessoas em áreas afetadas pelo conflito. 

Também oferecemos cuidados aos feridos de guerra. Em resposta às necessidades das pessoas deslocadas, nossas equipes forneceram uma variedade de serviços médicos, incluindo cuidados maternos e pediátricos, triagem e tratamento para desnutrição, cuidados de saúde mental e cirurgia de emergência em todos os nossos projetos no país. 

Na capital, Bamako, prosseguimos com nosso projeto em colaboração com o Ministério da Saúde, que se dedica a oferecer cuidados abrangentes para mulheres diagnosticadas com câncer de mama ou do colo do útero. 

Dados referentes a 2023

1.750

Intervenções cirúrgicas

1.040

pessoas tratadas por violência física intencional

37,9 milhões de euros

Despesas

530.000

Consultas ambulatoriais

1.870

intervenções cirúrgicas

66.000

pacientes internados em hospital

1.478

Equivalente em tempo integral

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