Médicos Sem Fronteiras (MSF) administra uma série de projetos no Níger para atender às necessidades médicas mais urgentes causadas por conflitos, deslocamento, insegurança alimentar, desnutrição infantil e epidemias.

Em 2022, nossas equipes realizaram campanhas de vacinação em massa, distribuíram água potável e itens de primeira necessidade, como kits de higiene e cozinha, construíram abrigos e atenderam pessoas deslocadas internamente por meio de clínicas móveis nas regiões de Diffa e Tillabéri.

Na segunda metade do ano, o Níger foi atingido por inundações devastadoras, que afetaram centenas de milhares de pessoas. Além de administrar clínicas móveis e distribuir itens de primeira necessidade para as pessoas deslocadas, ajudamos a aumentar a capacidade do hospital regional de Niamey, aumentando o número de leitos.

Também apoiamos as respostas das autoridades de saúde aos surtos de sarampo e meningite nas regiões de Zinder, Diffa e Tahoua. Durante o período de pico da malária, devido ao número excepcionalmente alto de pacientes precisando de internação em Magaria, construímos duas salas de observação nos centros de saúde de Tinkim e Yékoua.

No distrito de Madarounfa, oferecemos atendimento a crianças com anemia falciforme, que inclui vacinação, antibióticos para prevenir e tratar infecções, analgésicos e transfusões de sangue. Em 2022, para prevenir e controlar melhor as complicações graves da doença, introduzimos o tratamento com hidroxiureia, medicamento listado pela Organização Mundial de Saúde como essencial para doenças relacionadas com a hemoglobina em crianças, mas que ainda é de difícil acesso no Níger.

Além disso, oferecemos cuidados médicos e nutricionais a crianças com desnutrição, malária e outras doenças infantis no hospital de Madarounfa e em cinco centros de saúde em Maradi. Como resultado de nossa parceria com as autoridades de saúde e o Programa Mundial de Alimentos, dedicado ao tratamento de crianças com desnutrição aguda moderada, o número de internações hospitalares por desnutrição foi o menor dos últimos quatro anos.

O fluxo de migrantes em ambos os sentidos pela fronteira Níger-Argélia não diminuiu em 2022. Milhares de pessoas foram deportadas pelas autoridades argelinas e ficaram encurraladas no deserto. MSF denunciou o tratamento desumano dispensado aos migrantes expulsos da Argélia e da Líbia e pediu às autoridades que tomassem medidas imediatas para respeitar a dignidade humana no controle de fronteiras.

Dados referentes a 2023

1.012.700

Consultas ambulatoriais

49.700

crianças admitidas em programas de nutrição ambulatorial para a desnutrição aguda grave

410.200

Casos tratados por malária

132.800

Pessoas internadas no hospital, incluindo 93.600 crianças menores de 5 anos de idade

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